12/23/2007

Locais a Visitar - Concelho de Alcobaça





Alcobaça é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Leiria, região Centro e subregião do Oeste, com cerca de 9 800 habitantes (16.400 na área urbana). A cidade dista cerca de 109 km da capital Lisboa, situando-se entre três cidades maiores: Caldas da Rainha, Marinha Grande e Leiria.
É sede de um município com 417,05 km² de área e 56 794 habitantes (2001), subdividido em 18 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Marinha Grande, a leste por Leiria, Porto de Mós e Rio Maior, a sudoeste pelas Caldas da Rainha e a oeste envolve por completo a Nazaré e tem dois troços de costa no Oceano Atlântico.
É banhada pelos rios Alcoa e Baça, nomes de cuja aglutinação a tradição faz derivar o seu nome -- o que está longe de ser consensual.
Foi elevada a cidade em 1995.
Alcobaça é centro de uma rica região pomícola sem par em Portugal, sendo notável a qualidade dos seus frutos desde há séculos, sobretudo à acção exercida pelos monges brancos do mosteiro de Alcobaça.
O concelho possui indústrias alimentares, têxteis e cerâmica.
O concelho é densamente povoado, acima da média nacional; por isso, a paisagem rural fora dos centros populacionais é um misto de habitação, agricultura, mato e floresta, sem grandes espaços sem marca humana.
As maiores manchas florestais do concelho são as seguintes:
pinhal: encontram-se nas freguesias de Pataias (Pinhal de Leiria),
Serra dos Candeeiros (eucaliptal)
Vimeiro (Carvalhal do Gaio)
O concelho conta com litoral nas freguesias de Pataias, a norte, e São Martinho do Porto, a sul. No litoral norte encontram-se três praias com bandeira azul: Água de Madeiros, Pedra do Ouro e Légua.[1]
Parte da zona oriental do concelho está inscrita no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (freguesias de São Vicente, Prazeres, Évora e Turquel).
A 3 km da cidade, na freguesia da Maiorga, encontram-se as Termas da Piedade.
O melhor miradouro da vila e dos seus campos adjacentes encontra-se nos morros do castelo em ruínas. Nos seus arredores oferecem belas panorâmicas o adro da Capelinha de Santa Rita, na serra do Monte em Coz e o lugar de Montes, na freguesia de Alpedriz.
Castelo de Alcobaça
O castelo de Alcobaça remonta ao período visigótico, tendo sido conquistado pelos mouros no século VIII, e depois por D. Afonso Henriques em 1147. Após o abandono da função de castelo, serviu como prisão. Entrou em estado de degradação devido a sucessivos terramotos. No século XIX, a maioria das pedras da sua muralha foram vendidas pelo Município para a construção de casas particulares. Encontra-se hoje em ruínas.
Alcobaça é conhecida pelo seu mosteiro cisterciense, em torno do qual se desenvolveu a povoação. O mosteiro foi fundado por ordem de D. Afonso Henriques em 1148, e concluído em 1222, em estilo gótico com influências mouriscas. Durante a Idade Média, chegou mesmo a rivalizar com outras grandes abadias cistercienses da Europa; o couto de Alcobaça constituiu um dos maiores domínios privados dentro do reino de Portugal, abarcando vários dos concelhos vizinhos de Alcobaça (como a Nazaré, entre outros), para além de possuir inúmeras terras adquiridas por escambo, emprazamento, aforamento ou arrendamento um pouco por todo o país.
Foi parcialmente incendiado pelos invasores franceses, chefiados por André Massena, em 1810, secularizado em 1834, e depois gradualmente restaurado. Parte da sua enorme biblioteca, com mais de cem mil tomos e manuscritos, foi salva do saque e incêndio dos franceses, achando-se hoje preservada em parte na Biblioteca Pública de Braga e na Biblioteca Nacional de Lisboa. Parte do acervo da biblioteca foi perdida durante a sua transferência para a Biblioteca Nacional no século XX, havendo ainda alcobacenses que se recordam de ver carroças puxadas por burros, carregadas de livros, perdendo parte da sua carga pelo caminho, e lojas de Alcobaça cujas montras se encontravam decoradas com páginas arrancadas de livros renascentistas.
Nos braços sul e norte do transepto da igreja do convento, acham-se duas obras-primas da escultura gótica em Portugal: os túmulos dos eternos apaixonados, o rei D. Pedro (1357-1367) e a sua amante Inês de Castro.
Artesanato
No concelho de Alcobaça há fabrico de olaria, cerâmica, vergas, juncos, lenços, toalhas, tapeçarias e cutelaria.
Gastronomia
O prato típico da região de Alcobaça é o frango na púcara: um frango guisado aos pedaços com bastante molho de receita secreta, mas que inclui cebolinho, acompanhado de arroz branco e batatas fritas.
No campo da doçaria há a destacar: trouxas de ovos, delícias de Frei João e o pudim de ovos do mosteiro de Alcobaça.
Todos os anos decorre uma Mostra de Doçaria Conventual e Tradicional, que para além de Alcobaça conta com representações de todo o país e do estrangeiro, nomeadamente de Braga, Arouca, Louriçal, Alentejo e de Espanha e França.
Museus
Alcobaça possui o seguinte património museológico:
Casa-Museu Vieira Natividade (em estado de avançada degradação)
Museu do Vinho
Museu dos Coutos de Alcobaça
Museu Municipal
Museu Agrícola, na EPACIS

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